PROFUSA QUERENÇA

Deténs a fonte do mel... Oh, fartura!
Suavidade, raríssimo encanto
Acolhedora, descerras um manto
Espiras, moça, adorável brandura

Repouso em nuvens... Quão ímpar alvura!
Tenho em teus braços formoso recanto
Maravilhado, meus olhos levanto
Flores sorrindo se fazem moldura

Dos poros jorra profusa querença
Ávidas bocas confessam enleio
Afagos quentes do amor têm a marca

Flui o suor, nossos corpos encharca
Espalha eflúvio de ardor, devaneio
Fulge a paixão, plena em cores, intensa