Tempestade
Doudas rajadas de intensa claridade,
Rasgam meu céu, horrendo temporal
Choram meus olhos o soluço infernal
Para o diabo... com essa auto piedade
Ai dessa mente de quanta insanidade
Que se ri ou se chora maior é seu mal
Louca abominável na ardência carnal
Depauperada, é cerne da tempestade
Ah! Mas essa desgraçada inquietude,
Escarnece a minh'alma já sem atitude
Te gritam estes olhos, um novo porvir...
E esta tormenta... sem pé nem cabeça
Fruto da demência... sempre anoiteça
Debochar da loucura... a chorar e a rir...
Valdívio Correia Junior, 17/08/11