Amor maior – soneto imperfeito
Quis deixar de te amar... Não consigo
Pensei ser teu olhar de Cervo castanho
Não como Diana caçadora te persigo
Mas como alguém que no outro se vê suponho
Pecaste deixando-me à deriva, não brigaste comigo
Sem por quês percorria-me um arrepio medonho
Ao perceber quão necessário me era teu sorriso
Quando a distância torna-se demasiada; estranho
Em noites lavadas pelo teu calar enfadonho
Aos dezenove, a Poesia foi meu abrigo
De ausência em ausência forjamos um narciso ?
Só um em nó, talvez aos vinte e quatro; um sonho
Ouvindo hoje, aos quase sessenta, tua voz sorridente
Enigma decifro;o que mais amei e amo em ti é o amigo !