SONETO DA ADMIRAÇÃO
Ah se você soubesse como te admiro.
Mas me escondo totalmente no platônico.
Sempre deixando esse silêncio sinfônico.
Amordaçar e disfarçar o meu suspiro.
Ah se eu pudesse descuidar por um instante.
Desta cautela sufocante e tão covarde.
Mas a vontade de gritar não faz alarde.
E vou seguindo sempre mudo e tão distante.
A sua presença é suave como a brisa.
A luz do seu olhar reflete calmaria.
Sua alma doce e sensível tranqüiliza.
Ah, quem me dera ter um terço de sua garra.
Pra abandonar a expectativa que contida
Só faz crescer fortalecendo as amarras.