Soneto da Ressurreição
Cada passo marca uma direta,
Batida forçada no calcanhar...
Guerreiro desprovido de faceta,
Exibe os pulsos a amaldiçoar.
Sangrenta! Faz calar a baioneta,
Mortal na escuridão a retaliar...
Membros putrefatos na valeta,
Cruenta! Mostra carne a bolinar.
Mortal. Tinge o amor com aroma,
Camuflado em belo cravo branco
Esconde ali, pedaço do carcinoma.
Palavras. Fortes gravam no idioma
Catedrais de aço por todo franco
Assim a vida, ressuscita do coma!