Minha dor é ser poeta moribundo

Minha dor é ser poeta moribundo,

ter por mestre mundano o sofrimento.

Vais tão vil conduzido no tormento,

tu ó homem existente em mim, imundo!

A cada passo ó passos neste mundo,

me inspirando furor por um alento;

que nunca tereis do céu a flor ao vento

das paixões imortais que mo afundo!

Pois sofro a dor dos homens consumido.

Nunca espero nenhum contentamento!

E me faz tão mal s`estou enlouquecido.

Como importar do resto sem sentido!

Se minh`alma blasé é confortamento

de perda eterna: meu amor não vivido!

claudio maia

claudio maia
Enviado por claudio maia em 16/08/2011
Reeditado em 24/03/2022
Código do texto: T3162716
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