Minha dor é ser poeta moribundo
Minha dor é ser poeta moribundo,
ter por mestre mundano o sofrimento.
Vais tão vil conduzido no tormento,
tu ó homem existente em mim, imundo!
A cada passo ó passos neste mundo,
me inspirando furor por um alento;
que nunca tereis do céu a flor ao vento
das paixões imortais que mo afundo!
Pois sofro a dor dos homens consumido.
Nunca espero nenhum contentamento!
E me faz tão mal s`estou enlouquecido.
Como importar do resto sem sentido!
Se minh`alma blasé é confortamento
de perda eterna: meu amor não vivido!
claudio maia