Bizarro (sonetos duplos)

Às vezes a vida é um esparro-/-Por vezes a usar o fino visom

Outras, podemos sair do tom-/-D'outras, em amassar o barro

Por sempre tirar aquele sarro-/-Nem sempre brilhar qual neon

Gritar bem alto em bom som-/-Em toda essa pilhéria eu narro

Se for melhor "puxar o carro"-/-Então, vou fazer o meu "logon"

Sair dum inferno qual Saigon-/-Eu não vou pisar neste catarro

Curtir a vida, que me amarro-/-E vou andar na praia do Leblon

Querer viver, só no bem bom-/-Levar, da sorte que me esbarro

Queimar dinheiro, tal cigarro-/-Tão frágil como o papel crepom

Que meu mundo tão marrom-/-São como as flores, deste jarro

São espinhos que me agarro-/-A sombras, nuances de "crayon"

Sangue vermelho, tal batom-/-Da boca, o verbo é meu escarro

Ferida aberta com meu ferro-/-Quiçás, seja este o grande dom

Meu mundo, em armagedom-/-Este, o meu verso, mais Bizarro

Valdívio Correia Junior, 15/08/2011

Caros amigos do RL, estes sonetos podem ser lidos juntos ou separadamente, que ainda assim, terão o mesmo mote, é como se um fosse a ineração do outro, ou ainda, como se os dois fossem um único texto, Observem e divirtam-se! Muito obrigado! Boa noite!!

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 15/08/2011
Reeditado em 19/08/2011
Código do texto: T3162421
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