Tudo evaporei sem pena e proveito
Tudo evaporei sem pena e proveito...
Minh`alma? Puras visões cujo amei.
Foi tão cedo que jovem me entreguei
às sombras tuas, sagradas! Rendi o preito...
E hoje todas já sem valor! Se espreito
vagam por mim no espírito sem lei:
esse meu atormentado!... Ah! eu bem sei,
pelo amor de Deus jamais um defeito!...
Bocage*? Perto de mim inocência,
beleza, maestro dos varões gigante,
bonanza do infeliz que lê sua essência.
Oh! Meu Deus pagão eu fui!... E nunca vos cante
princesa, a razão de minha existência:
são dores fortes viu! Jamais te encante!
claudio maia