Crime e castigo

Cambaleante e grotesco
em terminal ruína
na sordidez do pardieiro
desafortunada sina.


Ecos da noite, alaridos
extinguem-se serenos,
reconfortos de outrora
luxúria, regalos amenos.

Covarde espantalho acuado
brado derradeiro, o sabujo
aos moucos, clemência, inimigo

vilão desprezível e celerado
assassino, inclemente verdugo
o veredicto: eterno castigo.



*  Em repulsa ao  ditador chileno Augusto Pinochet, falecido em  11/12/2006,
    responsável por mais de 3.000 assassinatos e jamais julgado por seus
    crimes hediondos
.