Primeira vez
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Cada instante da vida nos permite sonhar,
rebuscando as lembranças de cada aurora,
impondo esquecimentos, revelando sonhos d’outrora:
segredos de menina que um dia amará.
Sente medo quando ao seu outro corpo se ajunta?
Isso é normal, doce menina, todas sentem!
Não se pode é fugir para sempre, isso nunca,
aos apelos da vida... Permita-se, tente!
Vá! Deixe seu corpo sentir o que a alma pede!
Ir-se mansamente, com rodeios, é até sensual.
Rasgue-se, dispa-se, seja do amor a própria sede.
Gaio corpo que a natureza criou, de viço natural.
Esta é sua ascensão primeira de uma eterna trama,
mas nunca faça da vida, para sempre, sua cama.
Fortaleza-CE, 26 de março de 2005.
17h28min