O Lixeiro

“O LIXEIRO”

(27.10.2009)

Aos meus primos Renato e Tiago:

Lá vem o lixeiro da minha rua,

O mesmo com seu grito infatigável

Anunciando no tom que o acentua

A podridão fétida interminável...

Passa sempre no geral na alta lua

Higienizando o mundo incontrolável

Sem valorar a função que ele atua,

Passa o burguês do sonho insaciável...

Sina atroz que divide a humanidade

Que salta aos olhos sem perplexidade

E se acentua a cada passo dado...

O passo conformado, desvalido,

Que separa o gari desconhecido

Do burguês que passa desconfiado.

Ronaldo Trigueiros Lima

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RONALDO TRIGUEIROS LIMA
Enviado por RONALDO TRIGUEIROS LIMA em 13/08/2011
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