RUÍNAS

É sufocante a tristeza sentida
Quant'algidez propagada no peito!
Inda pranteio a pungente partida
Nosso castelo ruiu, foi desfeito...

Vivo vagando, em negrume perdido
O coração teu adeus não aceita
Pelas lembranças me sinto impelido
A cultivar esse amor, minha eleita

Vou confessar o meu único anelo:
Reconstruir nosso sonho  tão belo
Forjado em luzes, perfumes e cores

Quando te foste, levaste o sossego
Mas, entranhado, um fortíssimo apego
Suplica a volta dos finos sabores