Nullum crimen sine culpa
Verdade jamais esquecida que jazia
Num castelo nas trevas a maldição é tua,
Disse a besta fera: _ A morte se perpetua
Além da sepultura perdida e fria.
A cobiça é o império que o desgraçaria
No abstrato prazer efêmero continua
O espectro num sofrer feral se insinua
Desprezando a verdade que o alcançaria.
O senil e infeliz imperador da charada
Desferiu golpe certeiro na torpe criatura
Com brados e gemidos vis e sem sorte.
Mas a dor tépida e voraz figura
Na escuridão crassa uma alma marcada
Na marcha melancólica da Morte.
Herr Doktor