AMOR TEMPORÃO

AMOR TEMPORÃO

Enquanto lia em teus olhos amor tamanho,

teus lábios rosas balbuciavam o meu nome.

Meu coração quase em êxtase se consome;

senti n’alma reais tremores – algo estranho.

Eu devorei quantidades, mesmo sem fome;

Meu discurso decorado tonou-se fanho;

o meu perfil de tanto garbo, perdeu o amanho

... eu que quisera em mim visses um super homem.

E aquilo é amor, plangente amor, que há tanto espero;

que as carpideiras prantearam em meu ninho

e hei sepultado no peito meu, eu te assevero.

Mas se o fado, meu doce fado, em descaminho,

por temporão, me fez feliz, digo que quero

jurar-te amor, um doce amor, meigo carinho.

050811 – Afonso Martini

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 10/08/2011
Código do texto: T3151229
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.