Desígnios
Pétalas, adereço nuance em gris,
Entre cores d’ouro, opacas as flores
Qual vida primavera a outono vive
Vem natural crepúsculo compor
As lembranças, pois enfim a emergir
Já esquecidos, d’antes os amores
No tempo a cantar a poesia, sinta
A saudade, doída do que foi
Hoje, saudoso desta mocidade
Pois, há quem não tenha medo da idade?
Inda que muito tenha já sofrido
Ou na medida exata foi feliz
Temem ultimar esta única vida
Usual, medo do desconhecido.
Escrito em setembro de 2005