O menino poeta
II
Amar! Já sei como sentes o peito!
Sem me dares o rir da tua vida,
Do fel como os amigos; que és querida?
Sem timidez e com vida, ó meu leito!
Leio-te, ó meu calor do amor perfeito!
Escrevo-te: amo vê-lo a lira erguida,
Tu, que és da vaga amada e emudecida;
Hão de gozá-la o riso; sem proveito!
Vê-la a donzela; no forte carinho,
Do coração; estou a amá-la o lado!...
Sou bem-amado; sem gozo, sozinho!
Quero cantá-la, meu belo frêmito
Hei de adorá-la; o jovem bem-amado!
Como eu; estou a vê-la o doce rito.
Autor:Lucas Munhoz 9/08/2011