Predadora
Onde está o lirismo perdido pela via
de tantas gotas poéticas a escorrer,
pelas garras malditas, a enfim tecer,
as teias por onde eu me perdia.
A aracnofóbica e vil recriação.
O que nunca se viu em planos;
de traçar metas, que por engano,
são nobres, mas sem um coração.
A fera, que segue, sua vitima agora,
é a mais plena e maligna senhora,
com suas patas negras e felpudas.
Ela me persegue, a cada noite triste,
e mesmo com minha pena em riste,
prende com sua teia minh’alma muda.