Ah! sustentei em meu peito um fogo insano!

Ah! Sustentei em meu peito um fogo insano!..

Nunca um amor queimou-me endoidecido

assim - devorou meu viver querido,

tanta paixão desse meu ser profano!

Mas, valeu tal furor meu sofrimento...

Vem de minh`alma o inferno e a algoz loucura!

Ai! Meu Deus por que nasci? Se a dor sussurra

dentro de mim, paixão mesma, sustento!...

Que desgosto, eu sei - versos que se espalha

ao vento já tarde!... E não vos conserve

essa mágoa existente em mim sem falha!

Jamais, deixo!... Abraçou-me forte a sina

como devoção: um peito que me ferve

perpétuo sempre! Sempre por Marina!

claudio maia

claudio maia
Enviado por claudio maia em 08/08/2011
Reeditado em 19/03/2022
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