Ah! sustentei em meu peito um fogo insano!
Ah! Sustentei em meu peito um fogo insano!..
Nunca um amor queimou-me endoidecido
assim - devorou meu viver querido,
tanta paixão desse meu ser profano!
Mas, valeu tal furor meu sofrimento...
Vem de minh`alma o inferno e a algoz loucura!
Ai! Meu Deus por que nasci? Se a dor sussurra
dentro de mim, paixão mesma, sustento!...
Que desgosto, eu sei - versos que se espalha
ao vento já tarde!... E não vos conserve
essa mágoa existente em mim sem falha!
Jamais, deixo!... Abraçou-me forte a sina
como devoção: um peito que me ferve
perpétuo sempre! Sempre por Marina!
claudio maia