O diálogo entre o poeta e um tal burguês...

Abro o coração como a flor a aurora,

quando digo teu nome me sepulta!

Quanta verdade escrevo para fora,

p`ro mundo mundo testemunha a vil cultura.

O bom burguês odeia e diz desgraçado,

que pensas? - E digo somente nela!

Levarei comigo o ouro do passado,

digo tremendo ao chão da passarela.

Diga-me rico burguês sente amor?

Tu sofres sozinho amando alguém?

Ou morres perdido de ardida dor!

- Oh! miserável louco sem vintém...

- Espera, enquanto tu gozas penhor,

tua alma parte chorando sem ninguém.

claudio maia
Enviado por claudio maia em 07/08/2011
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