O diálogo entre o poeta e um tal burguês...
Abro o coração como a flor a aurora,
quando digo teu nome me sepulta!
Quanta verdade escrevo para fora,
p`ro mundo mundo testemunha a vil cultura.
O bom burguês odeia e diz desgraçado,
que pensas? - E digo somente nela!
Levarei comigo o ouro do passado,
digo tremendo ao chão da passarela.
Diga-me rico burguês sente amor?
Tu sofres sozinho amando alguém?
Ou morres perdido de ardida dor!
- Oh! miserável louco sem vintém...
- Espera, enquanto tu gozas penhor,
tua alma parte chorando sem ninguém.