DESVENTURA

Quem me vê hoje cantar essa amargura

Não imagina o tanto que já fui feliz

Se no meu peito não há mais ternura

Foi a desventura que assim o quis

Já houve tempo que em minha vida

Havia flores, fragrâncias, jardins

Mil harpas doces, ode colorida

Tudo eram cantos, amores sem fins

Hoje a tristeza assolou-me intensa

O desencanto embalou-me as lidas

Pôs em meu coração essa dor imensa

E das lembranças das noites vividas

De sua imagem bela, da cama extensa

Ficaram só saudades e amargas partidas

Publicado no Recanto em 30/01/11.

Chico Alves dMaria
Enviado por Chico Alves dMaria em 07/08/2011
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