FLORESCÊNCIAS
Então penetro o amor em sua íntima essência
e encontro a liberdade, a calma e a tolerância
erguendo faustos lares na grandiosa estância,
colhendo toda cor do mundo em florescências.
O nobre sentimento, o senhor da coerência,
alterna tom ameno e intensa rutilância
conforme o exclamar do instante, a circunstância,
para salvar quem seca, exaurido em carências.
Por vezes esse amor germina em complacência
e, airoso, ele se emprega à assídua vigilância,
cuidando maternal, solvendo a dissonância
dos atos dos humanos que inspiram violências.
Ele acalanta, manso, mananciais de ânsias
e em paz eu adormeço, num campo de hortênsias...
(Primeira publicação em 05 de setembro de 2010)