Diálogo de um sonho!
Ó minh’alma, porque choras dentro de mim?
Tu, que viste a morte pelas costas...
Viu seu esqueleto sentado, no esforço de aparecer,
E os ossos em agonia, que se torturavam, se debatiam!
Ó minh’alma tu és nobre, e me cobres de prazer,
Reveste-me a tua candura, alegrando o meu viver,
Sem murmúrios nem lamento, eu canto a você,
Enquanto vida eu tiver, te cantarei e louvarei!
Sossegue ó minh’alma, porque todos foram embora,
Deixando a pobre morte, lá no teatro da vida,
Saíram todos cantando, festejando a aurora!
Alegre-se minh’alma querida, estou sempre com você,
Disse-me o Deus da vida, quero-te bem viva,
Como as estrelas do céu, brilhando no infinito!