DISTÃNCIA

Tão perto de tão longe estás que não resisto

Transformar as avenidas de Lisboa

Em gaivotas de luz, voando à toa

E procurar-te onde decerto tu existes.

Estendo a mão, convicto, toco em ti

Como se o teu corpo do meu se desprendesse

E num longínquo abraço estremecesse

Tão distante mas tão próxima te senti

Se para te ver o pensamento atravessasse

A luz que os teus olhos irradiam

Não haveria obstáculo que o travasse

Teus olhos outros olhos não veriam

Tão-somente aqueles de quem te amasse

E tão perto, de desejo arderiam.

Josalvespt
Enviado por Josalvespt em 06/08/2011
Reeditado em 06/08/2011
Código do texto: T3142526
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