Soneto do Amor Fatal

Amo-te, primeiro, por esta via errante

Com tanta, tanta pressa e tal velocidade!

Amor jamais vivido por qualquer amante,

Sinistro e o mais dolorido pela sua vontade...

Amar, sem medo de amar o fatal instante!

Pulsar o intransitivo e transitar na saudade...

Só eu te daria, assim, um amor de verdade,

Dançando entre a placidez e a dor conflitante.

Talvez, como qualquer bicho: ama, é carente...

Eu careço de ti, da tu’ alma em plenitude

E a mim eu mato..., eu morro plenamente.

Se não for o amor em magistral atitude

É a fatalidade pura e simplesmente...

Roubando de mim o beijo que me ilude.