FANTASIAS DE UM AMOR
Não posso me conter, se meus intentos
São de Platão a luz e a fantasia,
Se o avesso dá-lhe à imagem e o alento...
Se a sombra faz louvor ou poesia...
Quanta loucura há em sobra apenas,
Quantos amores tive, quantas glórias,
Quantos desafios, quantas vitórias
Eu pude proclamar ainda pequeno...
E hoje nada sou, mas sou poeta...
E trago no meu âmago um lamento:
De, quem, lamenta a dor na hora certa.
Porém o amor é sombra sob a luz,
O amor é a luz que ao muro nos permeia
Na claridade falsa de uma cruz.