MENINO-OSTRA
Val-Larbacky
Numa pausa em minha ausência,
Transformado em nave pulsante,
Fiz-me transporte, segui hesitante:
Instância no jardim da inocência.
Meu chão, universo: minha morada.
Olga verdejante de minha infância,
Hoje é lembrança e vive a distância.
Sem começo, sem fim: eterna estada.
Colhendo dores de seres esquálidos,
Só, segui a trilha da minha escalada
Rompendo barreiras; segui a estrada.
A descobrir recônditos intrabólidos
De menino-ostra de vida intimidada,
Recolhi pérolas na vida trancada.