DESENGANOS

Em meio aos desenganos que nos afligem,

qual gotas de absinto no coração

que a vida com o destino nos impingem,

de alucinados corremos à ilusão

Então, tristes, nos vemos encurralados

ante os abismos que se nos deparam,

ansiosos, tartamudos, tresloucados,

e vai assim, os pesadelos nos amarram

Quase nunca percebendo, despencamos

rochedo abaixo em nossas amarguras,

ao pé da melancolia desaguamos

São tantos nesse viver cotidiano

que os prazeres nos parecem torturas

e o existir não passa de grande engano

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 05/08/2011
Código do texto: T3140377
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