FORJANDO A PRÓRIA VIDA

Amo, e eu estou mesmo sossegado,

Amo ninguém. Ninguém me ama mesmo...

Ninguém me ama nesta vida à esmo,

Não se pode amar um desgraçado...

Ninguém consegue viajar em mim...

Meu mundo ninguém sabe aonde é,

Não sabem meu começo, nem meu fim,

Nem minha ilusão, nem minha fé.

Quem sabe quem eu sou vive iludido

Que a apenas o poeta é alguém,

O poeta é um ser magro sofrido,

O poeta é a dor que todos têm:

E todo sofredor faz no idílio

A vida que a ele mais convém.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 04/08/2011
Código do texto: T3139791