PERFÍDIA

E por este desafeto que me golpeia

Nas costas dadas como numa ovelha;

Vou conhecer o hausto que ateia

A chama ardente que me envermelha!

Fremente as mãos no copo a dose

Derrama o desequilibrio sobre a mesa,

Do semblante que como metamorfose

De feliz se tornara perdida face indefesa.

O traidor ao lado, olhos funestos,

Dum vampiro sedento de podres gestos,

Querendo tragar-me, o invejoso.

Eu langoroso como um menino

Vítima caio do meu próprio destino,

Sofrendo o golpe do amigo aleivoso.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 04/08/2011
Reeditado em 09/08/2011
Código do texto: T3139304
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