LUGÃO
E, tu, bela menina inda na puberdade
Ou pouco tempo faz que por aí passou,
No teu rosto adeja o ar da liberdade,
Este rosto lindo, muito me ensinou!
Oh! Tão belo anjo, tão bela criatura,
Com nariz vermelho dum palhaço;
Sem dar conta desta tua formosura
Alenta o moribundo no teu regaço!
Vai de hospitais a hospitais;
Coisa que na vida não fiz jamais,
E, tu, larga o aconchego da tua herança.
Inda tão jovem, inda tão tenra idade,
Minha mestra, que o D´us de bondade,
Nunca deixe morrer em ti esta criança.
(YEHORAM)