Soneto do esquecimento.

Eram rosas indisciplinadas,

com espinhos pequenos e pontiagudos;

bailavam e cantavam com os pássaros mudos

enquanto suas raízes eram amortalhadas.

Eram almas dramáticas e miraculosas

afogadas em lágrimas estagnadas,

Se arrependiam por serem amarguradas

e rezavam às estrelas milagrosas.

Eram pedras desestruturadas

chorosas coitadas desgraçadas,

polidas para serem gloriosas.

Eram dias de ventania

que deixavam rastros de melancolia,

nos pés de uma sombra medrosa...

ladyjady
Enviado por ladyjady em 03/08/2011
Código do texto: T3136998
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