Permita-me.


Permita-me sentir o teu perfume,
nesta noite deserta de meus ais.
Abrigar-me de injustos vendavais
e dividir contigo  a plenitude...
 
Permita-me acolher em teus abraços,
esta dor em infinita madrugada,
que chega leve e tão desesperada,
para envolver os sonhos logo escassos.
 
Permita-me dizer mais do meu amor,
antes que a vida apague o doce enredo,
antes que a força perca para o medo.
 
Permita-me esquivar em teu favor,
sem que maltrate tanto o coração...
Permita-me declinar. Por paixão.
 

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 02/08/2011
Reeditado em 29/01/2012
Código do texto: T3135685
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