Aqui coveiro o cemitério adora

Aqui coveiro o cemitério adora

a imagem lenta e nebulosa, lida

de esforço interessado, vai lua lívida

me ajuda a escavar meu chão vil penhora!

Terra fria por Deus seja acolhedora,

não vês que venho da manceba vida.

doudo procuro paz, desmerecida,

esqueço os sonhos nódoa adulta agora!

É que por inocência desregrei

Senhor, ajuda-me a rasgar meu canto

por caridade e então descansarei.

Lembras de mim, do louco? talvez tanto,

se via Deus na mulher...desesperei...

Daquela ali decerto sou acalanto.

claudio maia
Enviado por claudio maia em 02/08/2011
Reeditado em 23/09/2018
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