O cemitério

Naquela tarde fria nas luzes de velas

Rebrilham aquelas imagens tão feias

Com as horrendas aranhas, nas teias

Ornam ainda mais tristes suas vielas

Na orla de cada túmulo, suas capelas

Mais funéreas, as lápides, quais leias

Daquelas, inquilinos, sem vinas veias

Se jazem eternamente em suas celas

Qual tétrico o cenário dum cemitério

E ouvem sufocadas vozes do martírio

Guardam nas nossas dores suas telas

Selam em suas urnas nossas saudades

Cobram em dor de morte, iniquidades

Recobrem daquelas terras rosas belas

Valdívio Correia Junior, 02/08/2011

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 02/08/2011
Reeditado em 10/06/2024
Código do texto: T3135410
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