O cemitério
Naquela tarde fria nas luzes de velas
Rebrilham aquelas imagens tão feias
Com as horrendas aranhas, nas teias
Ornam ainda mais tristes suas vielas
Na orla de cada túmulo, suas capelas
Mais funéreas, as lápides, quais leias
Daquelas, inquilinos, sem vinas veias
Se jazem eternamente em suas celas
Qual tétrico o cenário dum cemitério
E ouvem sufocadas vozes do martírio
Guardam nas nossas dores suas telas
Selam em suas urnas nossas saudades
Cobram em dor de morte, iniquidades
Recobrem daquelas terras rosas belas
Valdívio Correia Junior, 02/08/2011