RASTROS
Partilhando co'a tristeza a cama
Rememoro o derradeiro riso
Tua ausência punge meu juízo
Que tormento! Feneceu a chama
Sofrimento de soturno viso
Alimenta torturante drama
Coração, imerso em dor, reclama
Minha flor, de ti demais preciso
D'aflição deténs, rainha, a cura
Teu poeta inda candor respira
Lindo favo, guardas mel tão fino
Quero tanto esse elixir, doçura
Despertaste enamorada lira
Decantar o amor é meu destino