TUA VOLTA A VELAR

Fico atento olhando aquela esquina da minha janela,

Com a esperança quase que devota a te esperar,

Como vento a varrer as folhas mortas nas vielas,

Dou volta em mim mesmo e volto a olhar.

Noite cai, vento não cessa e bate a minha porta,

Com a mesma força do meu coração a pulsar,

Medo, sentindo-se tal quais as folhas mortas,

Em redemoinho, em galhos fracos a quebrar.

Eis que brilha o sol, ela se apresenta,

Cansou de olhar de sua rua mesma esquina,

Como a árvore que o vento rebenta.

Não preciso tua volta velar em fendas,

A árvore rebenta novo broto empina,

Nascido belo como a tua presença.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 02/08/2011
Código do texto: T3135106
Classificação de conteúdo: seguro