TUA VOLTA A VELAR
Fico atento olhando aquela esquina da minha janela,
Com a esperança quase que devota a te esperar,
Como vento a varrer as folhas mortas nas vielas,
Dou volta em mim mesmo e volto a olhar.
Noite cai, vento não cessa e bate a minha porta,
Com a mesma força do meu coração a pulsar,
Medo, sentindo-se tal quais as folhas mortas,
Em redemoinho, em galhos fracos a quebrar.
Eis que brilha o sol, ela se apresenta,
Cansou de olhar de sua rua mesma esquina,
Como a árvore que o vento rebenta.
Não preciso tua volta velar em fendas,
A árvore rebenta novo broto empina,
Nascido belo como a tua presença.