SONETO CAMPESINO

No ronco da cuia o silêncio é quebrado.

No bico da bomba, o gole é tragado.

Repontando o dia e um rebanho de estrelas

a D´alva se atrasa pra que possa vê-la.

Topete ajeitado no mate surrado.

Os troncos boiando no mate lavado,

indicam o início da faina campeira,

quando o dia chega e a noite se esgueira.

São atos diários da vida no campo,

que tocam a alma e nos fazem poetas.

E as rimas cintilam como pirilampos.

Povoam as noites em verso e cantiga.

Contam segredos na madrugada quieta,

xucras lembranças que o coração abriga.

Cesar Tomazzini
Enviado por Cesar Tomazzini em 01/08/2011
Reeditado em 01/08/2011
Código do texto: T3132873
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