Depressão
DEPRESSÃO
Adeus, hora ingrata, que me fazes sofrer sem fim,
Ninho da serpente e inimiga da liberdade,
Momento cruel que não enseja a verdade,
Quisera poder comandar a tua morte em mim...
Vazio eterno, túmulo escuro do silencioso quarto,
Não me verás mais com o olhar para o teto;
Desafiarei os problemas como algo concreto,
Contigo serei duro e cruel, pois para a luta parto...
Não sou Van Gogh, que não suportou tua pressão
- Nem Santos Dumont -; lutarei com força total,
Mesmo que venhas com toda a tua opressão !
Todas as agonias estão contadas, silêncio mortal...
Não viverás mais em mim, traidora depressão !
Sairei com vida e força...pelo teu aberto portal...
(Victor Pinheiro)