Damnum infectum
Anjo Negro que criou esta obra estranha,
Numa ocasião impar nas suas quimeras,
Soletude de alma vil aonde imperas,
E na treva com esta dor tamanha.
Besta fera que no ódio tanto ganha.
No mistério execrável das vis Heras
No coração dos homens tristes feras,
No espírito do indolente em sua sanha.
Besta maligna que por aqui domina
Poderio desmedido neste espaço
De amargura desta alma tão cretina.
Soberano lúgubre deste lugar lasso
E que assenta na interminável sina
Dos caminhos do afastamento crasso.
Herr Doktor