Soneto do Fim

Meu amor amanheceu como uma prece

Retorno ao ninho da solidão

O primeiro beijo não se esquece

Incendiado pelo enlevo da paixão

Rogo e clamo,Ah se eu pudesse!

Essa dor que me coroe em vão

O meu ser já na me obedece

A minha boca só proclama o não

E me deixo ir entorpecida

Entregando-me ao último fio de vida!

A digladiar-me com a persistência

E minha carne já adormecida

A minha face pálida e ressequida

Parte para o fim da existência

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 30/07/2011
Código do texto: T3129156
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