Intimidade poética
No negror da noite tão perfeita
Onde meu corpo vê a claridade...
No meu ventre expande a seita
Que carrega toda a divindade.
Neste verso mostro intimidade
Alma velada que me espreita,
Boca que vomita sua vontade
Alimenta esta carne já desfeita.
Sonho estar num vazio profundo,
Dores marcadas pelo submundo
Corro... ali parada como aleijada!
E no meu viver navego vou fundo,
Não pretendo carregar o mundo
Apenas... ser poeta e mais nada!