Tácita

Desisto de queimar os meus neurônios

Tentando decifrar tanto mistério

Pretendo aquietar tantos demônios

Suavizar as notas do saltério.

Se trago em mim os traços dos campônios

O fim se dá no mesmo cemitério

Só vou deixar odor dos feromônios

Afim de desculpar meu adultério

Limite que pretendo, me limite

Me salve de outro tantos revertérios

Não mais me perderei dos hemisférios

No ir e vir trivial, nos impropérios

De todo ser carnal que a terra habite

Me encontrarei, tal qual, serena e quite!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 29/07/2011
Reeditado em 29/07/2011
Código do texto: T3125653