Teorema

Disputar no horizonte o rumo incerto

Adentrar em vagas e redemoinhos

Ir ao encontro de um destino certo

Livrando-se dos cactos de espinhos

Subir montanhas entre pedregulhos

Cair em poços de profundo abrolho

Bebendo a água dos rios confundos

Chorando sempre as dores do mundo

Assim caminha o homem na dualidade

Bem e mal ao que parece em dimensão

Cujo poder não esta em nossas mãos

Em si, a vida é de cálculos, num dilema

Para possuir uma estrela no emblema

Tem que em equação traçar o teorema

Os seletos encaram a sua eternidade

Enquanto isto, a vida ri da humanidade.