O DESPERTAR DO PÓ
Era todo um silêncio… e nenhum fulcro
Nem obras, nem dor, amor ou glória
Quimeras apagadas, à morte, a vitória !
E uma inscrição opaca no sepulcro…
Esperança… és tu que fazes a diferença
Para aquele que foi e agora já não é…
No que ficou… alimentando-se de fé,
E apostou no futuro, com a sua crença !
Oh, laje branca, em lágrimas banhada,
Bem sabes a dor dest’alma desesperada
És fria, inerte, até mesmo sem dó…
Oh ! sei qu’em breve vou ver-te estremecer
Rasgar-se a terra, e do longo adormecer
Despertará o meu amor do pó !
Jul11
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