As divagações de um beneditino

Nunca um beijo meu encosta a face linda!...

E nem pudera jurei castidade

no claustro ó triste sonho honestidade

a Deus... Já a fé é por causa dela ainda.

Se noite caio de joelhos luz Benvinda...

Faço uma oração para a claridade

profana, atentadora, sem maldade...

Mas, quando vou abraçá-la... Ai! Deus se finda,

se desmancha no vento uma menina;

por que tu me negastes amor, teus

sonhos, tuas dores, meu nome Marina!

Confesso etérea o sofrimento; e a Deus,

mesmo dormindo de terço e batina,

entre fraquezas, rogo os sonhos meus.

claudio maia

Homenagem a Junqueira Freire

claudio maia
Enviado por claudio maia em 27/07/2011
Reeditado em 27/03/2022
Código do texto: T3121462
Classificação de conteúdo: seguro