As divagações de um beneditino
Nunca um beijo meu encosta a face linda!...
E nem pudera jurei castidade
no claustro ó triste sonho honestidade
a Deus... Já a fé é por causa dela ainda.
Se noite caio de joelhos luz Benvinda...
Faço uma oração para a claridade
profana, atentadora, sem maldade...
Mas, quando vou abraçá-la... Ai! Deus se finda,
se desmancha no vento uma menina;
por que tu me negastes amor, teus
sonhos, tuas dores, meu nome Marina!
Confesso etérea o sofrimento; e a Deus,
mesmo dormindo de terço e batina,
entre fraquezas, rogo os sonhos meus.
claudio maia
Homenagem a Junqueira Freire