IDÍLIOS.... BATALHAS...

IDÍLIOS

Perdi-me nos idílios, nos meus sonhos,

Na viração, nas vagas das tristezas,

Que sopram lá d’aurora, singelezas,

Mas, se apagam nos olhos, tão tristonhos...

Escrevi os meus versos, tão chorosos,

No langor das lembranças, do passado,

Tempo ido, já morto, sepultado,

Pelas campas dos tempos dolorosos...

Hoje, em minhas mãos, lápis, caderno

E uma brisa lenta, cá, passando,

Como a me envolver na luz do norte...

Tenho um mar nos meus olhos, onde aderno,

Fenecendo, no catre, vou chorando,

Fugindo desta vida pela morte...

Aarão Filho

São Luís-Ma, 26 de julho de 2011.

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BATALHAS

Sustentei-me aos pés da vida; luzes,

Que acendi a ti, em fundo poço,

Quando te foste embora e, eu, moço,

Carreguei, nas ilhargas, minhas cruzes...

Desatei a chorar, aqui, comigo,

Desde a quintas da minh’alma, perdida,

Em profundo abandono, sem guarida,

Sem broqueis, sem ter ninho, sem abrigo...

Ah, contra as minhas lágrimas, batalhas

Travei... Saí ferido, condenado,

Pelo tempo sem volta, destruído...

Ó meu amor, saudades são navalhas,

A perfurar o peito que, sangrado,

Morre, só, nas tristezas, iludido..

Aarão Filho.

São Luís-Ma, 26 de Julho de 2011.