MENINA DO NORDESTE

Menina do nordeste de lascivo sotaque,

Que de olhares tristes exala floral,

A quem chamei flor, flor do meu almanaque,

Vai e vê que amor poluto e magistral!

Vê que amor tu não abraçaste a tempo,

Como a névoa dissipaste, como as brumas,

Como que se perde um pensamento,

Como o vento carrega as suas plumas.

E neste dia atroz, nesta dor cruenta,

Meu coração chora tanto, não aguenta,

Ver meu fim sem a tua face nas manhãs.

E eu nadei tanto, lutei na correnteza

Das forças contrárias da natureza,

Lutei tanto, até ver minhas cãs.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 26/07/2011
Reeditado em 03/12/2012
Código do texto: T3120135
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