Cansaço...
Para que forças se a luta é perdida
Se o vazio da alma é em si indolente
Que na cabeça as cicatrizes a ferida
Ferveria no peito que dói é doente?
Guardar o coração com que prelúdio
Se o ardor dantes é agora e será inútil
Que amar não seria o mais prudente
E a agonia uma facínora ardente?
Sem amor, sem ardor, sem esperança
E que na razão colocou toda a confiança
De ter amado e jamais ter sido amado.
Digno de pena é este pobre coitado
Paralisando o dormente, a infelicidade
Desprezando o em fim a pura vaidade