Digamos adeus
Ah! Como é mentiroso teu sorriso,
E os teus olhos já ficam tão distantes...
Falemos de adeus agora, é preciso,
O coração já não lateja como antes.
Aquele amor que parecia ter juízo,
Aquele encanto, aquela luz radiante
Desapareceu como o tilintar de guizos
De saudades, nuvem que se vai errante.
Um beijo agora? De que adianta?
Reviver encantos d’um amor passado,
Num momento de amargor e de agonia?
Melhor dizer adeus. Fechemos essa campa
Com os restos desses tempos; nosso fado
É o maestro nessa triste sinfonia.