Digamos adeus

Ah! Como é mentiroso teu sorriso,

E os teus olhos já ficam tão distantes...

Falemos de adeus agora, é preciso,

O coração já não lateja como antes.

Aquele amor que parecia ter juízo,

Aquele encanto, aquela luz radiante

Desapareceu como o tilintar de guizos

De saudades, nuvem que se vai errante.

Um beijo agora? De que adianta?

Reviver encantos d’um amor passado,

Num momento de amargor e de agonia?

Melhor dizer adeus. Fechemos essa campa

Com os restos desses tempos; nosso fado

É o maestro nessa triste sinfonia.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 07/12/2006
Reeditado em 31/07/2007
Código do texto: T311950