O RECATO D'ALMA
Estou decompondo a trilha da saudade
Em areias brancas de uma praia deserta
Deixarei que ondas soltas de umidade
Não deixe enfim nenhuma frecha aberta
Vou atravessando o vale de um desejo
Buscando em cada acesso em cada meio
O esconderijo em que ficou guardado
Meu bem maior, um amor soterrado.
Encontrarei por certo um ombro amigo
Que me faça esquecer de meu castigo
Por confundir-me em ventos contrários
E quem sabe neste ombro debruçado
Descobrirei o porque de ter guardado
O grande amor e irei compartilha-lo
Pois se na vida uma flôr brota na lama
Há sempre a fé no coração que ama